Existem verdades
sobre mim
A primeira a que eu
procuro demonstrar
A segunda a que as
pessoas querem ver.
E decidi despir-me,
dessas duas verdades
Sair à procura de mim
E ao conseguir tal
liberdade
Olhei-me no espelho
da água do lago ao caminho
E vi qualquer outro
alguém,
Mas não eu, nem a
mim!
E perguntei ao
estranho na água:
-“Quem es tú?”
-E respondeu-me
retrucando a pergunta:
-“Quem tú és?”
E percbi que o
reflexo na água
Era de ninguém
Um fidalgo sem
destino, livre de minhas próprias correntes.
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